Nas últimas décadas, o avanço nos setores tecnológico, industrial e econômico restringiu a poucos países a capacidade de colocar no espaço equipamentos altamente sofisticados de pesquisa, de coleta de dados, de telecomunicação, de sensoriamento remoto e de inúmeras outras aplicações.
Em 1979, por proposta da Comissão Brasileira de Atividades Espaciais - COBAE, o governo federal aprovou a realização da Missão Espacial Completa Brasileira - MECB, que visava a estabelecer competência no país para gerar, projetar, construir e operar um programa espacial completo, tanto na área de satélites e de veículos lançadores, como de centros de lançamentos.
Dentro da MECB, coube ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, do Ministério da Ciência e Tecnologia, o desenvolvimento de satélites e do segmento de solo correspondente. E, coube à Aeronáutica a implantação do centro de lançamento e o desenvolvimento dos veículos lançadores de satélites. Foi designado o Centro Técnico Aeroespacial - CTA, sediado em São José dos Campos - SP, por intermédio do Instituto de Aeronáutica e Espaço - IAE, para conduzir o projeto desses veículos, em decorrência da capacitação obtida desde a década de 60, com o desenvolvimento de foguetes de sondagem.
Nos estudos da MECB, ficou evidenciado que o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno - CLBI, da Aeronáutica, situado na cidade de Natal - RN, apesar de possuir várias características vantajosas, experiência acumulada e qualidade comprovada, apresenta importantes restrições para lançamentos de veículos maiores, do porte do atual VLS-1 e superiores.
Em face disso, a Aeronáutica propôs ao governo federal a implantação de um novo centro de lançamento que atendesse às necessidades da MECB e com capacidade de crescimento para o futuro.
Após criteriosa avaliação dos possíveis locais, foi selecionada uma área na região de Alcântara - MA para abrigar todo o complexo de instalações e de sistemas do novo centro de lançamento.
Foi então criado o Grupo para Implantação do Centro de Lançamento de Alcântara - GICLA, em 1982, com a incumbência de gerenciar todas as atividades necessárias à implementação desse centro.
Já em 1º de março de 1983, foi ativado o Núcleo do Centro de Lançamento de Alcântara - NUCLA, com finalidade de proporcionar o apoio logístico e de infra-estrutura local, assim como garantir segurança à realização dos trabalhos a serem desenvolvidos na área do futuro centro espacial no Brasil.
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